domingo, dezembro 04, 2005

A folha de Outono




Caminhava só e sem destino
Quando no meu caminho encontrei
Uma folha solitária, como eu
Em tons de outono

Peguei nela com carinho
Porque sem saber explicar
Aquela simples folha parecia conter
A minha alma e o meu ser

Colorida e solitária
Reflectia o meu sentir
E andando com ela na palma da mão
Por aquele caminho sem destino
Fiz dela companhia e confidente
Ser quase vivo e amigo

Nas cores dela vi e senti
A vontade de viver
A dor do abandono
A queda do querer
A perda do sentir
O não querer deixar e desistir
A força de lutar e persistir
Na busca da vida e do amor

Porque por muito só que se possa estar
Há sempre querer viver e amar
Buscar o destino
Encontrar a alma e esquecer a dor de perder
E fazer acontecer

Fotografia de Kristyna - Olhares.com

13 Comments:

Blogger Que Bem Cheira A Maresia said...

Bem Amiga, tu andas com uma sensibilidade ao rubro, este poema ésimplesmente divinal..., e esta música que eu só conhecia na voz da Bethania é uma coisa do outro mundo, lindo lindo!

Andamos a faltar aos treinos ;)

Beijokas da revoltosa

5:20 da manhã  
Blogger Pedro Nobre said...

Bom dia,

Venho agradecer o testemunho deixado no dia 01 de Dezembro no blog NA ESCURIDÃO DA NOITE, em solidariedade com os seropositivos.

Já enviei as mensagens para a Associação ABRAÇO.

A todos muito obrigado.

Pedro Nobre ;)

9:57 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Gostei principalmente dessa musica liiiinda.
Bejokas

12:37 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

...sem fechar os olhos...sublime!!!!
beijos
MI

2:48 da tarde  
Blogger GNM said...

Está muito bonito este teu poema!

O teu blog está bem quentinho!

Um excelente resto de Domingo!

3:42 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

As minhas recordações do São Martinho

Imponente, Elegante, Bravo, o CAVALO entra no imaginário de todos nós, desde a infância, como um animal que desafia todos os obstáculos, desde o inimigo no campo de batalha das histórias infantis até ao touro na arena.

A Festa do Cavalo na Golegã.

As raízes da Feira Nacional do Cavalo, ou vulgarmente conhecida como Feira da Golegã, remontam o século XVIII quando a Feira era chamada Feira de São Martinho. A Feira foi criada com a intenção de promover o comercio de produtos agrícolas da região da Golegã que tem solos muito férteis. Ao mesmo tempo, os cavalos começaram a participar na Feira devido à existência de importantes criadores nos campos da Golegã.
Em, 1883, o Marquês de Pombal dava abertamente o seu apoio aos criadores para a apresentação dos seus cavalos. Com o tempo, o cavalo Lusitano tornou-se na principal atracção da Feira e pessoas de todo país começaram a vir à feira para ver e comprar cavalos. Mais tarde, com a divulgação do cavalo Lusitano no Estrangeiro a Golegã começou a receber visitantes dos mais diversos países. Em 1972, de forma a reflectir a importância dos cavalos na Feira esta passou a ser chamada Feira Nacional do Cavalo. Tradicionalmente o dia mais importante da feira é o 11 de Novembro (Mendes, 1988).

A história de São Martinho, reza a lenda que, "num dia tempestuoso ia São Martinho, valoroso soldado romano, montado no seu cavalo, quando viu um mendigo quase nu, tremendo de frio, que lhe estendia a mão suplicante... S. Martinho não hesitou: parou o cavalo, poisou a sua mão carinhosamente na do pobre e, em seguida, com a espada cortou ao meio a sua capa de militar, dando metade ao mendigo. E, apesar de mal agasalhado e sob chuva intensa, preparava-se para continuar o seu caminho, cheio de felicidade. Mas, subitamente, a tempestade desfez-se, o céu ficou límpido e um sol de Estio inundou a terra de luz e calor. Diz-se que Deus, para que não se apagasse da memória dos homens o acto de bondade praticado pelo Santo, todos os anos, nessa mesma época, cessa por alguns dias o tempo frio e o céu e a terra sorriem com a benção dum sol quente e miraculoso." É o chamado Verão de São Martinho!"


“Neste Frio de Outono
São Martinho a chegar,
Traz castanhas quentes e boas
No seu cavalo a galopar.”


O olhar o CAVALO, as lindas amazonas, cavaleiros, charretes, é o cavalo no seu expoente, o REI da festa.
Por lá passam criadores, feirantes, lavradores, toureiros, sendo uma atracão que leva gente de toda a parte.
As ruas enchem-se de feirantes, casas particulares transformam-se por uns dias em tasquinhas,
Peões, cavalos, charretes disputam as ruas.
Reina a alegria, a FESTA, são as festas nas herdades, festa de garbo e de vaidades, também.
O Largo do Arneiro é uma autentica passarelle de passagem de modelos e trajes de montar.
É toda a envolvente, com as castanhas e a água pé, faz do
São Martinho na Golegã parte do meu crescimento.
O ir lá é para mim um repositório de memórias que todos os anos abro.

E por ser parte do meu crescimento não podia deixar de o dizer.

5:51 da tarde  
Blogger Daniel Aladiah said...

Querida Dalila
saudade... solidão.... outono...
urge esquecer e acreditar, pois a vida é feita de tudo isso.
Um beijo
Daniel

5:58 da tarde  
Blogger lena said...

adoro as cores do Outono, mas é só o que gosto dele,
li o teu poema lembrei-me que muitas vezes sou quase assim nesse sentir de um vai e vem enrolada pelo vento que passa, mas que nasce todos os dias

excelente o que escreves

parabéns

beijinhos

lena

7:05 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Só o Poeta consegue dar tanta beleza a uma folha, a um gesto, ás cores. Bonito trabalho. Beijinhos.

10:45 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Excelente é só o que me vem à ideia...

Beijinhos enormes e votos de bom começo de semana...

11:07 da tarde  
Blogger Carla said...

Muito bonito.
Boa semana.
jinhos

11:17 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

por favor me consiga o lugar de onde você tirou a poesia folha de outono, é muito importante para nós
envie informação para teixmell@ig.com.br
realmente é muito importante.
obrigado.

3:45 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

não sei quem é você, mas meu filho morreu no dia 19/02/08, afogado em um açude, e em suas coisas foi achado 4 papéis com parte de sua poesia, somos de são leopoldo RS, queriamos entender, pois a impressão é que ele tenha deixado para nós pois, os sobraram eu, minha esposa e 2 irmãos, seria coincidência ou não, mas pelo visto ele se identificou com sua poesia, e nós queriamos entender,de onde ele havia tirado já que não encontramos em outro lugar a não ser no seu blog, se poder dar mais informações de você.
lógico se você quiser e de sua poesia agradecemos. obrigado um Pai
que sente a falta de um filho e quer entender o que aconteceu e podermos aceitar melhor.
teixmell@ig.com.br

4:03 da tarde  

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